No desmanche
Tribuna | 19 de agosto de 2013 | Foto: Brunno Covello/SMCS
Uma mulher conta pra outra sobre as distrações do pai, que não dispensa um bailão, chamado por ele de desmanche. Aos 65 anos, o senhorzinho procurava uma novinha, na casa dos 40, já que as de mais idade eram todas “acabadas”.
“Até que ele achou uma mais nova e a gente sabia que era por interesse. Eu e meus irmãos pensamos “vai sobrar pra nós’. Não pode achar uma pra pagar a conta”. Dito e feito, dizia ela. Como o pai era taxista, levava a namorada pra lá e pra cá, mas não durou muito. Pra alegria de todos, ele arrumou também no bailão – uma senhora. “Ela cuida dele, até carro novo compraram”, contou aliviada
Família grande é assim…
Motorista contando sobre sua família para a cobradora. Filho de nordestino, tinha muitos irmãos. “A mãe dizia que a gente era a riqueza dela, mas andava todo mundo descalço. A vida era difícil”, lembrou. Quando a mais velha casou e foi morar longe, a mãe chorava todos os dias. “Eu falava pra ela, “mãe, a senhora chora por causa da que tá longe e a gente tá aqui com a senhora todo dia’, mas não adiantava. Eu não era o preferido…”
Leitura de busão (o que os passageiros estão lendo por aí!): Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Autor: Aurelio Buarque de Holanda. (Dicionários / Manuais).
http://parana-online.com.br/colunistas/356/98265/?postagem=NO+DESMANCHE