Pagar ou não pagar…

Tribuna | 06 de novembro de 2013 | Foto: Brunno Covello/SMCS

… o dízimo? Duas senhorinhas sentadinhas no banco preferencial conversavam sobre um tema polêmico: o pagamento do dízimo. Uma delas parecia ser mais carola, pagava o dízimo em dia e achava que assim cumpria seu dever. Já a outra não se mostrou tão disciplinada. “Na minha igreja eu dou quando eu tenho, quando eu posso. Eu não dou mais direto não”, disse. A outra recorreu à Bíblia para argumentar, já que o livro sagrado pede a contribuição dos fiéis.

O papo então evolui para o envolvimento dentro da igreja. Não descobri a religião das duas, mas elas citaram um pastor e um padre, que chamavam o pessoal para ajudar nas ações da igreja. Lá pelas tantas a senhorinha mais carola disse que já estava chateada com algumas situações que estavam acontecendo:

“Se eu tiver em casa largo tudo e vou. Se fosse uma pessoa ruim eu não ia, mas esses tempos fizemos alguma coisa de Páscoa, quando terminou tudo as pessoas aplaudiram de pé e perguntaram “cadê o padre?”. Mas tudo bem, nós fizemos as coisas boas e fomos abençoadas”, contou.

A conversa ainda descambou para críticas ao ministro da igreja que, de acordo com elas, fala demais. “Ui, eu não gosto dele, ele é muito repetitivo. Às vezes a oração nem é tão grande, mas ele enrola muito. Quando eu olho pra ele já penso que vou fazer pecado e pensar mal dele, porque ele fala, fala e fala. Por isso eu prefiro assistir o Padre Reginaldo (Manzotti), que é curto e grosso, ele é brabo, mas fala muita coisa boa…” Como dizem por aí, Deus tá vendo!!

 

Cena bizarra: O rapaz falando sozinho, fazendo ameaças a um inimigo imaginário (e assustando quem estava por perto, inclusive eu). Ia deixar alguém desfigurado, dar uma surra daquelas, com direito a pontapé e muito soco. “Vou ensinar você como é que bate e como apanha”. Meu medo foi o cara resolver partir para as vias de fato com quem tava no ônibus, o que não aconteceu. E quando ele desceu do ônibus, saiu correndo e não parou mais, nem nas ruas onde o sinal estava aberto para os carros.

 

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