A linha de ônibus mais tranquila da cidade
Tribuna | 27 de dezembro de 2014 | Foto: Brunno Covello/SMCS
Como disse a colaboradora desta semana e colega de Tribuna, Aline Vidoto: “poucas são linhas de ônibus em que o cobrador pode dizer que conhece boa parte dos passageiros pelo nome”. Mas na coluna de hoje ela conta como é ser passageira de uma linha em que isso acontece, a Alto Tarumã, onde também “é inegável o bom humor da dupla motorista/cobradora logo de manhã”:
“Presenciei a conversa da cobradora que conhece muitos passageiros pelo nome e/ou pelo ponto em que pega o ônibus. Ela conversava com os passageiros mais próximos, dois idosos, e falava sobre o orgulho de trabalhar naquela que, segundo ela, é a melhor linha de ônibus e a mais tranquila. Ela afirmava veementemente que ‘não muda de linha não’, afinal está há seis anos nesta linha e nunca teve do que reclamar. “Conheço famílias inteiras, vi as crianças que estavam na barriga da mãe há seis anos e que hoje estão passando por debaixo da catraca”, dizia.
A gentileza desta cobradora está expressa em suas ações: um dia perdi meu crachá no ônibus na hora de descer, ela percebeu, guardou e me entregou no dia seguinte. “Quem anda de biarticulado sabe que é “terra de ninguém’, mas quem anda de ônibus convencional, de bairro, sabe o que é se sentir VIP, mesmo que ele demore bem mais…”
Comida estranha
O leitor que se identificou apenas como Sérgio mandou para a coluna um papo de busão que foi ouvido pelo seu amigo no Terminal de Santa Felicidade. O papo das duas mulheres falando sobre gastronomia foi, no mínimo engraçado (pra não dizer estranho pelos pratos exóticos):
– Como é que pode, na China o pessoal come barata, escorpião e até carne de cachorro…
– Você não viu nada. Tem lugar que o pessoal come até testículo de peixe!
Não consegui descobrir até agora que lugar é esse onde peixe tem testículo… hahaha