Achei que ia apanhar
Tribuna | 22 de julho de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS
Pois é, foi por pouco que não sobrou pra mim um ocorrido no busão. E nem posso dizer que não tinha nada a ver com o pato porque eu tinha sim… Tudo por causa de uma lesminha nojenta.
Eu estava sentada no biarticulado, quase tirando uma soneca quando senti uma mão encostar no meu obro. Era a senhora que estava sentada ao meu lado e quando virei ela só apontou pra lesminha – daquelas bem pequenas e finas – que andava pelo casaco que eu levava na mão. Minha reação foi rápida: mandei a lesma pra longe.
Só que antes de despachar a lesma, nem parei pra pensar que eu joguei o bicho justo na direção de duas passageiras que estavam de pé ao meu lado. Foi tudo rápido, com a ponta do dedo tirei a lesma do meu casaco e ela passou voando entre as pernas da mulher.
Esta mesma mulher só olhou pra baixo e em seguida me fuzilou com os olhos – sabe um olhar de ódio? Foi o dela. Antes que ela começasse a me xingar, já que ela tinha cara de barraqueira, tratei de explicar que a lesma não tinha encostado nela não, e que tinha caído ali pra trás.
Só precisei conter o riso o resto da viagem, pra não dar mais um motivo pra passageira partir pra cima de mim…
Rebola, gordinho!
Duas adolescentes, de uns 15, 16 anos, comentavam a festa do final de semana com o pessoal da escola. Pelo que ouvi, a sensação foi um dos convidados, o gordinho:
– O Fulano dança todo duro, você viu?
– Eu vi. Mas ninguém ali dança direito, né?
– Só o gordinho. O gordinho apavora, ele dança e rebola melhor que eu…