Do campo pra mesa
Tribuna Regional – São José dos Pinhais | agosto de 2015 | Foto: Felipe Rosa
Os empreendedores do Caminho do Vinho abriram os portões de suas propriedades para receber os visitantes. Além do funcionamento das cantinas, restaurantes e cafés coloniais, a produção agrícola segue forte. O resultado da lavoura vai direto para o consumidor, seja nas refeições servidas, como nas compotas, geleias, queijos e salames caseiros que estão à venda.
O empresário Leopoldo Sary, 50, não abre mão de servir refeições naturais no restaurante Matka Aurélia, o mais novo estabelecimento a integrar o roteiro. Das janelas do restaurante com ambiente rústico é possível ver a lavoura de verduras que são cultivadas há décadas pela família de origem polonesa. ‘O que não tem na chácara é comprado do vizinho. Faço questão da qualidade e de produtos sem agrotóxico‘, afirma.
Todo o cardápio com culinária italiana e polaca é produzido ali, inclusive a massa fresca preparada pela chef de cozinha. ‘Percebemos esta oportunidade de negócio e está valendo a pena‘, garante Sary.
Aposta de sucesso
A trajetória de Fernando Obiava, 54, representa a dimensão que tomou o Caminho do Vinho. Ele, que trabalhou por quase duas décadas com gado leiteiro e também com um pesque pague, decidiu transformar a estrebaria de sua propriedade em um restaurante.
O restaurante Frutos da Terra foi um dos primeiros a funcionar no roteiro e no início foi alvo da desconfiança de muitos. ‘As pessoas riam porque eu queria reformar a estrebaria pra fazer um restaurante‘, lembra. Desde a inauguração, em 2003, o movimento só aumentou e foi preciso aumentar a estrutura. ‘A gente tinha muita fila de espera‘, diz. E pra tentar resolver o ‘problema‘, uma nova reforma deixou o restaurante ainda maior, com opções de lazer e um heliponto, que ficará pronto em breve.
Assim como o cardápio – todo feito com produtos naturais e da região -, a equipe também cresceu. Em datas comemorativas, como o dia dos pais, por exemplo, 50 pessoas trabalham no restaurante. ‘Não sei quantos mil elogios ganhei dos clientes. Isso é muito bom. Trabalhei 18 anos com vaca, sábado, domingos e feriados, sem férias, das 4h às 22h, e no final do mês ganhava um salário mínimo‘, comemora Obiava.
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